Podia não perder a tempo a fazê-lo, mas hoje com a gratidão, confiança e convicção que tenho, de que todas (mas todas) as pessoas com as quais nos cruzamos têm algo para nos ensinar sobre nós mesmos, ao cruzar-me com este e-mail não posso deixar de agradecer.
16 de Março de 2010
“Só por curiosidade: Mudei a minha aula de segunda-feira no ginásio, de localizada para YOGA. Assim faço 60 minutos no começo da semana, às 8:40, coisa que nunca teria feito caso não tivéssemos falado. Mas não foi forçado… tenho mesmo a convicção que será uma disciplina com a qual me vou identificar bastante e estou feliz por ter tomado a decisão de experimentar. Pensei um pouco e vi que era uma das coisas que estava realmente ao meu alcance mudar: em vez estar sempre em luta, nas artes marciais, no ginásio com os pesos, no cycling com a bicicleta… será assim como um momento de mais suavidade que proporciono a mim própria! Se me sinto “constantemente em luta é porque estou fora da minha órbita” não é verdade?” Nesta conversa amiga e ao encontro de me conhecer melhor, a @maria.gorjao.h viu algo em mim, que eu não conseguia ver.
Sabendo o gosto que tinha desde sempre por desporto e fitness, uma das sugestões que me fez, foi começar a praticar Yoga.
Já tinha feito algumas tentativas, meias forçadas (tenho a dizer) e contra as quais resistia com os habituais argumentos como “-ah isso é muito parado para o meu gosto – eu gosto é de mexer”; “-ah isso é para velhinhos e freaks” 😂
Mas houve um dia, em que aberto o espaço com essa conversa, decidi experimentar.
Desde o primeiro dia em que entrei naquela aula do José, e sim “yoga de ginásio” como muitos dizem em modo depreciativo, a minha vida mudou.
De uma hora por semana, passei a duas, a três e por aí em diante. Encontrei a minha prática para lá das aulas. Li muito. Vi vídeos sem fim. Fiz workshops, vizualisei e mais tarde, num desejo imenso de partilhar a transformação que tinha ocorrido em mim, fui aprender a ensinar.
Ainda não tinha terminado a certificação e tinha já a @sakuramonicacouto , que mais uma vez viu além, e que com confiança me proporcionou a possibilidade de começar a dar as minhas aulas no seu dojo, onde eu treinava a outra parte guerreira de mim!
E assim foi, até ao dia de hoje, em que o Yoga não é algo que faço, mas uma atitude que vivo e sou.
Porque grandes mudanças podem surgir de pequenas escolhas, como foi o meu caso.
Porque pequenas conversas, com alguém que (te) vê para além de ti, podem mudar a tua vida para sempre.
Porque temos sempre a possibilidade de escolher essa mudança, por mais ínfima que possa parecer a nossa decisão.
Porque eu adoro essa possibilidade de saber que “Nunca é tarde” para decidires rumar ao mais verdadeiro em ti!
Porque é importante agradecer! 🙏🏻💛